quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HISTÓRIAS DO COOPERATIVO

Regras para serem "quebradas"

Os alunos do cooperativo eram “super” eficazes nos estágios, o problema era que algumas empresas ficavam dependentes do serviço profissional de alguns alunos, mas o curso terminantemente proibia o estágio durante o módulo acadêmico. Foi quando a empresa sugeriu ao aluno que abrisse uma micro empresa e prestasse serviços durante o módulo acadêmico. No módulo seguinte, que seria de estágio, apareceu o pedido na CCQ. “O aluno solicita cursar o módulo de estágio em sua própria empresa”. Até o final do curso ele já tinha contratado engenheiros formados para trabalhar em sua empresa, antes mesmo de conseguir o seu proprio diploma e Crea.
Outro caso que é interessante relatar foi o do Banco de Boston, que para “burlar” a regra que proibia a contratação dos alunos como estagiários no módulo acadêmico. O banco contratava os alunos através de uma empresa de mão de obra temporária. Outro caso no Loyds Bank também ocorreu de forma interessante. A regra proibia que aluno realizasse mais que três estágios na mesma empresa, esta contratou a aluna através de uma empresa terceirizada que prestava serviços no banco.


Presidente do Brasil

As primeiras turmas dos cursos cooperativos do campus de Cubatão mereciam um cuidado especial, eles sofreram todos os problemas da fase inicial, uma escola com um predio escolar adaptado, sem a construção de um campus, com a interrupção do vestibular, a falta de professores, a mudança para São Paulo, a “segregação”. Enfim era preciso motivá-los e manter o moral alto. Nestas ocasiões eu costumava falar: “Nós seremos, a primeira opção da POLI na FUVEST”. “Nós seremos o melhor curso do Brasil”. “O primeiro Presidente do Brasil formado pela POLI será do curso cooperativo”. Foi em uma destas ocasiões que apareceu um aluno do terceiro ano do curso semestral, querendo se transferir para o cooperativo. O Curso no início também não permitia a transferência. O aluno não teve dúvida: prestou o vestibular novamente, jogou fora dois anos do curso semestral e recomeçõu tudo a partir do primeiro ano como calouro. Naquele vestibular o curso passou a ser o curso mais concorrido, com um índice candidato/vaga dobrado em relação ao segundo curso mais disputado. Mais tarde se tornou o primeiro no ranking da Revista InfoExame, com direito a faixas colocadas no campus. Aquele aluno ainda não se tornou Presidente do Brasil, mas sem dúvida foi um dos melhores alunos que passaram pelo curso. Foi ele que re-editou as regras do cooperativo e que continua com o mesmo formato até os dias de hoje. A turma dele era "danada"... me fizeram chorar...me escolheram como paraninfo.

Campus de Cubatão

Na fase de Cubatão, os políticos propuseram vários locais da construção do campus e ofereceram instalações provisórias, desde um antigo prédio que abrigou uma sala de cinema, um prédio da Cosipa, até um grupo escolar onde ficou. A última proposta de um campus que eles ofereceram ficava do outro lado da via Anchieta. Lembro que eu perguntei ao Magnani se ele sabia onde era o local. Ele prontamente respondeu, é só olhar para o Cristo (uma estatua que fica em cima de uma colina) que com uma mão indica: “o campus fica daqui” e com a outra mão: “até ali”.  

RoBerTo

No início do Curso Cooperativo foram contratados três ex-alunos da POLI para a função de coordenar os estágios. O Magnani (de origem italiana) para Química, a Carmem Straube (de origem alemã) para a Produção e o Matai (de origem japonesa)  para Computação.

O Magnani chamava a equipe de coordenadores de estágio de "Roberto, os coordenadores do Eixo" : ROma, BERlin e TOkio.

Seção de Pessoal, Diretoria de RH ou Superintendência.

A atividade de caça empresas talentos que oferecem vagas de estágios, mostrou tres personagens que se diferenciam.
A chefe da seção de pessoal visualiza o estagiário como uma mão de obra, já a Diretora de RH vê a possibilidade de selecionar talentos para o quadro de funcionários da empresa entre os estágiários. Surpreendentemente a Superintendente tem uma outra visão ao contratar estagiários das melhores escolas talentos: "Com certeza uma boa parcela de alunos de determinadas escolas de renome terão uma carreira de sucesso meteórica e formarão opinião em sua empresa - se tornarão Decision Makers -, eu quero que durante o programa de estágio que nós oferecemos, ele possa conhecer a solução que a nossa empresa poderá dar àquela em que resolver desenvolver a sua carreira, que poderá ser inclusive a nossa". 

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